domingo, 22 de junho de 2025

VIDA ALÉM DA VIDA O que acontece depois da morte?

 

Apenas existe a vida. O espírito sempre vive. A alma nunca morre. Como disse Krishna a Arjuna:

“O espírito não nasce nem morre, apenas entra e sai de corpos perecíveis.”

E de fato, o que é real jamais deixa de existir. Por isso, o espírito vive: ora no corpo astral, ora no corpo físico. Embora momentaneamente adormecido — entorpecido pelos desafios da matéria, perdido nos sonhos da existência — o espírito que habita o corpo físico jamais morre.

Vivemos constantemente experiências cíclicas, que, pela lei da natureza, devem ter começo, meio e fim. Sofremos porque nos apegamos ao que é efêmero e nos desconectamos do que é eterno: o espírito.

A árvore não sofre ao perder suas folhas, nem se entristece quando os frutos amadurecem. Cada folha, flor, fruto, semente, cada molécula do ar que respiramos — tudo é parte dela vivendo em outros lugares. A árvore nunca morre. Cada porção, da raiz à copa, é uma extensão do seu espírito. A folha que seca e cai, retorna ao solo e volta a ser árvore. O fruto que alimenta, dá continuidade à vida.

Na dança mágica da vida sem fim, morte e nascimento são apenas ilusões passageiras.

O luto faz parte da experiência humana. É uma etapa do ciclo. O despertar da consciência para a vida eterna é um portal. Luto é a consciência da dor; sofrimento é a inconsciência de que a alma vive eternamente.

A morte é uma passagem física — assim como a vida. Mas aprendemos, desde cedo, a temer a morte e, com isso, passamos a temer também a vida. Pior ainda: nos matamos de trabalhar por coisas que minam o gosto de viver — e que não levaremos conosco — perdendo o mais importante: a presença.

Por ganância, repetição de padrões ou indução social, nos afastamos das pessoas que mais amamos. Justificamos isso com o argumento de que estamos cuidando para que nada lhes falte. Mas, na verdade, essa atitude revela a incompreensão de que um dia todos nós partiremos — e o que antes era gratuito, como a presença, agora se torna caro, porque o tempo levou.

A vida é eterna. Mas após a morte, não há garantias de reencontro com alguém específico. Por isso, o tempo de viver é agora. Ainda que nada seja certo, é seguro dizer que semelhante atrai semelhante.

É natural que o luto traga culpa: por não ter aproveitado a presença do ente querido, por não ter dito o que se queria dizer, por não ter vivido os momentos possíveis. Se você está passando por isso: perdoe-se. Perdoe. Ame. O melhor a fazer é viver — e voltar a sorrir.

Com toda certeza, aquele que você ama — e que agora vive no plano astral — ficará muito mais feliz ao ver você sorrindo do que sofrendo. Então, faça um esforço: não se culpe por voltar a sorrir.

Temos medo de morrer, de espíritos, de perder, de sentir dor, de partir, de chegar — medo até de ter medo. E com isso, a alma se paralisa e a vida perde o tempero. Se estiver com medo de viver: coragem.

O despertar espiritual pede a morte da antiga versão — ultrapassada, mofada, cheia de valores e crenças limitantes. E é preciso coragem para não adormecer a consciência. É preciso coragem para manter-se desperto.

Sim, há vida além da morte — e isso acontece o tempo todo. Sua versão de ontem já não existe mais. Cerca de 50 bilhões de células morrem diariamente em um adulto. O despertar espiritual é justamente isso: a morte que permite o renascimento da alma que ansiava ressurgir.

Antes de reencarnar, já estávamos vivos no plano astral — cheios de sonhos, projetos e missões. Então, vamos viver os nossos sonhos. Vivamos a vida. No melhor tempo que existe: o agora.

Paz, luz e presença.
Diego Roque – 21/06/2025

 


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