Branquinha e sempre feliz,
patinha rosa e mancha no nariz.
Tão de repente quanto chegou,
também partiu e para o astral voltou.
Foi brincar em outros planos,
fazer sorrir outros humanos.
Um sol que iluminou tantos dias da minha vida,
uma estrelinha que me acompanhou noites e dias,
madrugadas adentro.
Quando me via, corria na minha direção feito vento.
Não gostava de água, mas, para ficar ao meu lado, abria uma
exceção.
Quando eu ia lavar as mãos,
logo pulava para perto da pia,
só para ficar perto do seu humano de estimação.
No banheiro, na cozinha
e até mesmo nos sonhos,
era tratada como rainha.
Um presente da Maria,
que também partiu de repente
e, como sempre sorridente,
deu seu jeitinho de permanecer perto da gente.
Na hora certa de Deus, retornou
e completou sua missão:
ensinar o que é o amor.
A gatinha foi voar.
E hoje, quando fui jantar,
lembrei dela, que sempre dava um jeito
de no meu colo ficar.
Deu saudade do miado baixinho,
do sol no cantinho da cama que ela adorava aproveitar,
da barriga molinha e do ronronar,
do pelo branquinho e rajado,
do pezinho rosado…
Agora, essa estrelinha brilha como lembrança pura
em meu coração,
com a certeza de que a vida continua em outra dimensão.
E, com o coração cheio de gratidão,
eu te devolvo para a luz,
para o colo de Jesus,
sem apego, sem medo,
com muita lucidez e um único desejo:
que você seja muito feliz,
agora no colo de Jesus
e de Francisco de Assis.
A gatinha que foi voar
deixou a certeza do que é amar.
E aqui não ficou tristeza,
nem incerteza quanto ao amor
que faz a vida brilhar.
A gatinha que foi voar
agora vive num novo lar.
E sei que, nesse instante,
ela pode escutar
meu dedo estalar
e meu coração vibrar.
Papai tá por aqui,
Voa, Mimi!
Diego Roque
08/08/2025
Nenhum comentário:
Postar um comentário