domingo, 29 de junho de 2025

Chakra umbilical: o motor psíquico das emoções

Quem nunca foi tomado pelas emoções? Quem nunca sentiu uma paixão tão avassaladora que dava até dor de barriga só de pensar na pessoa? Quem nunca chegou num ambiente e sentiu algo estranho no ar? Quem nunca se aproximou de alguém e, sem motivo aparente, não simpatizou? Estas sensações estão conectadas ao chakra umbilical, mas não somente isso. Vamos compreender um pouco mais sobre este centro energético e a relação dele com as emoções.

 

Definição dos chakras
No contexto hinduísta, os chakras são centros psíquicos que desempenham funções energéticas, físicas e espirituais. Os chakras têm a função primordial de captar energia vital, também conhecida como prana, convertendo-a em energia mais densa para conexão entre corpo físico e energético. Os chakras também são portais de acesso à saúde. Meditar nos chakras possibilita adentrar realidades mais amplas, e para compreender o chakra umbilical é necessário compreender o que são as emoções.

 

Visão tibetana dos chakras
Há diversos sistemas de energia espalhados pelo planeta, com visões de mundo heterogêneas, mas conduzindo ao mesmo destino: o universo mágico da consciência. Gosto muito da visão tibetana como método complementar de estudo, em especial o sistema tibetano de chakras. Diferentemente do sistema hindu, que descreve sete centros principais, esta tradição milenar descreve seis centros energéticos.

O sistema tradicional tibetano descreve cada um destes seis centros energéticos relacionando-o a um plano de existência ou estado de consciência. São eles: chakra da coroa, chakra da garganta, chakra do coração, chakra do umbigo, chakra do pé direito e chakra do pé esquerdo, mais um chakra secreto localizado dez centímetros abaixo do umbigo.

Cada chakra relaciona-se com uma emoção particular negativa e um Buda representando a polaridade positiva, ou seja, o chakra tem o desafio e a solução contidas nele. A emoção negativa seria o desafio a ser transposto; podemos considerar a tendência ou o sofrimento a ser combatido. O Buda seria o aspecto de consciência que purifica o sofrimento ou a tendência negativa. Este sistema considera meditar nos chakras de modo a obter a cura esperada ou a purificação. A meditação no chakra consiste em pronunciar o bija-mantra associado ao centro psíquico. A palavra sânscrita bija significa semente. Bija-mantra é um mantra reduzido, também conhecido como sílaba-semente.

 

Destacamos o chakra do umbigo do sistema tibetano:

CHAKRA: UMBIGO
SÍLABA PRIMORDIAL: A
ANTÍDOTO: SABEDORIA
BIJA-MANTRA DO PLANO DE EXISTÊNCIA: TRI
PLANO: ESFERA DOS ANIMAIS
EMOÇÃO NEGATIVA: IGNORÂNCIA
BIJA-MANTRA DO ELEMENTO: MAM
ELEMENTO: ÁGUA

 

Caminho de cura
O caminho da cura tibetana sintoniza os cinco elementos ou as cinco luzes puras, sendo o seu objetivo equilibrá-las, alcançando, assim, o estado de harmonia do ser. Já o estado de desequilíbrio dos elementos ou das cinco luzes levaria aos bloqueios energéticos e às doenças. Bloqueios energéticos reverberam em bloqueios na vida prática, podendo levar a desgastes nas relações interpessoais, limitações materiais, falta de prosperidade, somatização no corpo físico e sofrimento.

Segundo Tenzin Wangyal Rinpoche, uma das principais causas dos bloqueios energéticos e doenças são as emoções negativas. Logo, meditar nos chakras e nos elementos traria a cura ou a purificação destas emoções. Rinpoche aponta para o caminho de transformar a experiência por meio da observação e ressignificação.

Como contribuição, apresento uma breve reflexão acerca do que considero ser o processo de cura da alma. Nas práticas terapêuticas, desenvolvo junto aos pacientes um processo de investigação psíquica que consiste em três etapas:

Reconhecer, acolher e ressignificar.

Reconhecimento é o primeiro passo. Neste momento, não há julgamentos e nem movimentos bruscos. Neste momento, o que mais vale é a observação: são os relatos apresentados, as histórias, o jeito de contar, o que é dito nas entrelinhas. Tudo aquilo que é escondido ou removido da história também precisa ser reconhecido. A energia traz, através do inconsciente. Neste momento, a aura do paciente muda de cor, formas-pensamento surgem revelando as dores, os traumas, os complexos, os dramas, as histórias esquecidas, as raivas reprimidas, as energias bloqueadas. Então, reconhecer significa ver, rever, visitar, revisitar, escarafunchar os cantos escondidos e deixar emergir tudo que está no fundo do copo das emoções. Este movimento é feito de forma consciente e conduzida, respeitando o tempo e espaço do paciente.

 

Acolher é o segundo passo. Acolher significa abraçar essas emoções, dando voz (simbolicamente) para a criança que foi calada no passado, fazendo renascer os sonhos e pesadelos adormecidos. Acolher é dar colo às emoções ora trancafiadas, revelando, muitas vezes, talentos escondidos, sonhos perdidos, medos cristalizados. Neste momento, a luz começa a surgir, o monstro começa a aparecer — e ele nunca é tão grande quanto parecia. Uma força começa a surgir. Essa é a força do amor-próprio renascendo. É a joia da compaixão florescendo. É, de fato, um momento mágico neste processo de cura da alma.

 

O terceiro e último passo consiste em juntar o que foi revelado nos dois passos anteriores. Neste momento, surge a oportunidade do movimento consciente de ressignificação, deixando partir o que precisa partir, soltando o que precisa ser solto, liberando a alma para encerrar os ciclos necessários, abrindo a consciência para acessar novos ciclos, abraçando a oportunidade única de viver o agora.

 

Reconhecer, acolher e ressignificar emoções são três passos corajosos, são passos estruturados e conscientes. Não existe autoconhecimento sem conhecimento, então é preciso conhecer o que são as emoções e como elas impactam a vida.

 

Vamos compreender o que são as emoções.
As emoções são os motores das ações humanas. Não existe história humana sem emoção, não existe conquista sem emoção. O ser humano constrói a sua percepção de realidade a partir de suas emoções e sentimentos. Existem emoções negativas e emoções sutis. As emoções negativas são densas como âncoras, poluem o seu sistema energético e físico, prendem o barco da evolução da consciência, deixando rastros por onde quer que se expressem.

As emoções sutis estão em sintonia com os sentimentos provenientes do chakra cardíaco. As emoções mais sutis conduzem ao caminho da sabedoria, da compaixão, da caridade e da fraternidade. Estas emoções emergem cristalinas do chakra umbilical.

A emoção pode ser definida como um momento provisório, como uma onda que vem e que vai, e que deixa marcas profundas, em alguns casos. Ela vem de uma causa, de um momento, de um lugar, de outra pessoa ou circunstância onde o sentimento, ora sutil, ficou denso. Segundo Paul Eckman, existem seis emoções básicas universais: medo, nojo, raiva, surpresa, felicidade e tristeza. Porém, a felicidade, como essência espiritual, pode ser compreendida como sentimento. Podemos incluir também euforia e alegria como emoções, e todas as variações decorrentes deste ponto de partida.

 

 

A sensação de paz proveniente da ausência de guerra ainda está condicionada ao sofrimento. Embora traga uma sensação provisória de alívio, está vinculada a energias negativas. A paz de espírito transcende a ilusão de poder, de conquista, de domínio. A paz de espírito supera a inconsciência humana.

 

O sentimento supera a emoção!

 

Diferença entre emoção e sentimento
Sentimento é o que liberta, emoção é o que prende. Compaixão difere de pena. Compaixão nasce da compreensão do estado de consciência de outra pessoa. Espiritualmente, podemos dizer que compaixão é um sentimento que nasce do discernimento. Cada ser está numa fase de evolução e a evolução não termina nunca. Pena é uma emoção; a pena surge da sensação de superioridade, sensação de separação. O sentimento une, a emoção separa. O sentimento conecta, a emoção segrega. O sentimento nutre, a emoção drena.

 

Enjaulando as emoções
Não devemos fugir das emoções, nem fingir que elas não existem. Precisamos criar uma relação de compaixão com elas, eu diria uma relação saudável de acolhimento. Quando você para de lutar e decide acolher, um processo mágico de cura começa a acontecer, e a sua visão começa a mudar. Os filtros vão sendo retirados e o peso psíquico reduz.

A emoção negativa nasce de uma falta de conexão com a alma, é a verdadeira perda do espírito. Quando você cria uma postura interna de acolhimento, você para de julgar a si mesmo e ao mundo. Então, você começa a descobrir que você não é a sua emoção. A partir deste ponto, inicia-se um processo de “desidentificação” com a causa da desconexão.

A emoção negativa é como um leão selvagem com fome. Sempre que você tentar controlá-lo, no máximo e com muito custo, você conseguirá colocá-lo dentro de uma jaula. Porém, na primeira oportunidade, ele vai fugir. Se você estiver por perto, ele vai atacar e provavelmente irá dilacerar o seu orgulho de uma só vez, fazendo você virar, novamente, vítima de suas próprias emoções.

 

 

Está feito o ciclo vicioso que se retroalimenta:
Emoção + impulso + estrago feito = Culpa.

 

Quanto mais você projeta fora, mais você perde a conexão com a sua alma. Quanto mais você culpa, mais você será levado a culpar os outros e as circunstâncias. Quanto mais você é tomado por uma emoção, mais você enfurece o leão.

 

Transformar a experiência
As emoções negativas percorrem caminhos energéticos dentro do corpo humano, contaminando, assim, todo o seu campo eletromagnético. As emoções animalescas brotam dos chakras inferiores e devem ser compreendidas, acolhidas e ressignificadas.

A autoculpa e o excesso de autocobrança são estagnadores do chakra umbilical. Estas emoções negativas apenas atrasam o processo de despertar e também devem ser compreendidas e transformadas.

As emoções densas não necessariamente nascem dos pensamentos, elas são instintivas, elas surgem dos chakras inferiores. Existe um conceito hindu que aponta a existência de sete chakras abaixo do chakra raiz e, a partir destes chakras, surgem as piores emoções.

 

Vamos agora conhecer a visão hindu dos chakras inferiores.

 

Chakras abaixo da base da coluna:

  • Atala (quadris): medo e luxúria
  • Vitala (coxas): raiva furiosa
  • Sutala (joelhos): ciúme retaliatório
  • Talātala (panturrilhas): confusão prolongada
  • Rasātala (tornozelos): egoísmo
  • Mahātala (pés): ausência de consciência
  • Pātāla (solas dos pés): malícia

 Existe um universo muito amplo e diverso a ser descoberto e que ultrapassa os limites dos sete chakras, tanto acima quanto abaixo. É necessário investigar os mais profundos porões da consciência para que a Luz não cegue, para que a luz chegue gradativamente e ilumine, assim como o sol que percorre as frestas da janela do seu quarto e alcança sua cama numa manhã de verão. Precisamos compreender a escuridão que habita nos submundos inconscientes da alma — só assim a luz iluminará a consciência.

Quem procura luz e renega a sombra está enfraquecendo os chakras, em especial o chakra umbilical. Quem foge para a luz fingindo que as emoções densas não existem também está experimentando aspectos de inconsciência. Desta maneira, as emoções negativas dominarão a sua vida até você despertar a sua consciência.

Não existe uma fórmula mágica que mude paradigmas do dia para a noite. Não existe um mantra que, do nada, irá despertar instantaneamente a energia do chakra umbilical sem que a consciência desperte antes. Experimentar tais fórmulas mágicas sem despertar a consciência apenas despertará cada vez mais o leão do ego, que foge da jaula e devora a sua evolução equilibrada.

Rigidez não desperta a consciência, apenas endurece a alma. Enquanto humanos, vamos oscilar, vamos cair, mas também iremos nos levantar. Enquanto humanos, seremos tomados por emoções estranhas, até percebermos que existe uma joia espiritual localizada no centro energético umbilical.

Falar de chakra umbilical é falar sobre buscar constantemente o equilíbrio. Não existe equilíbrio sem oscilação, não existe equilíbrio sem experimentação. Equilibrar é pendular, pois representa a experiência das polaridades: sombra e luz. Quanto mais equilíbrio, menos oscilação. Quando a emoção toma conta, experimentamos algo que Carl Jung chamou de complexo. O complexo seria a queda do equilibrista na corda bamba da vida. Quando uma emoção reprimida toma conta, a frequência vibracional da consciência oscila instantaneamente, levando à consciência baixa = ação de baixo nível. Aumentando a consciência, o equilíbrio permanecerá por mais tempo. Quanto mais limpa a água da consciência, mais cristalina fica a joia do chakra umbilical. Quanto mais consciência, mais equilíbrio.

 

Características dos chakras acima da base da coluna:
No corpo humano, o material e o imaterial se interpenetram. Consciência e inconsciente estão em constante interação e os sete principais chakras realizam este intercâmbio entre físico e extrafísico. Neste complexo psicofísico, destacam-se dois grupos: os chakras inferiores, chakra central e os chakras superiores.

Chakras inferiores:

  • Raiz, localizado na base da coluna, no períneo; seu nome em sânscrito é muladhara.
  • Sexual, localizado na região genital, no plexo hipogástrico; seu nome em sânscrito é svadhisthana.
  • Umbilical, localizado na parte da coluna vertebral que corresponde ao umbigo; seu nome em sânscrito é manipura, manipuraka ou nabhi.

Chakras central:

  • Chakra cardíaco, localizado na região cardíaca da coluna vertebral, no plexo cardíaco; seu nome em sânscrito é anahata.

Chakras superiores:

  • Chakra laríngeo, localizado na região do pescoço, garganta; plexo carotídeo, na parte cervical da coluna dorsal que corresponde ao pescoço; seu nome em sânscrito é vishuddha.
  • Chakra frontal, localizado no plexo da medula, plexo pineal, ponto entre as sobrancelhas; seu nome em sânscrito é ajna.
  • Chakra coronário, localizado no topo do crânio, no plexo cerebral; seu nome em sânscrito é sahasrara.

Energia do chakra manipura
Esse chakra representa uma grande oportunidade de mergulho nas melhores tendências do ser humano, sendo possível a reconciliação com os próprios erros do passado e a consciência de que o serviço abnegado é uma forma positiva de extirpar as mazelas das más tendências. Ele é a sede do elemento fogo, ele representa o temperamento colérico.

Segundo Harish Johari:
“O comportamento de uma pessoa do terceiro chakra é motivado pelos desejos de identificação, reconhecimento, poder e melhores condições de vida. Essa pessoa dormirá de seis a oito horas por noite, de costas. A lealdade abnegada dos primeiros dois chakras (ao empregador, à família e aos amigos) cessa, e a pessoa agirá apenas para si mesma. A insatisfação acende o fogo e a energia é consumida na busca egoísta por nome e fama. A ambição e o orgulho nas realizações ocupam uma grande parte da consciência das pessoas do terceiro chakra. A reputação, a autoridade e o status são seus principais interesses. As pessoas do segundo chakra são intoxicadas pela juventude, as pessoas do terceiro chakra pelo desejo de poder. Quando o envelhecimento traz a compreensão de que o corpo não durará para sempre, elas se afiliam a organizações ou criam instituições para perpetuar os seus nomes.”

As pessoas regidas por esse chakra precisam despertar a consciência para equilibrar essa incrível fonte de sol com os outros elementos. O intelecto bem desenvolvido pode ser um grande aliado para despertar a energia consciente desse centro, porém o desenvolvimento da inteligência emocional e espiritual é o que de fato trará benefícios amplos para esse portal mágico.

Dica de meditação
Meditar nesse chakra com a intenção de compreender o elemento fogo é o caminho para integrar emoção e sentimento. Despertar a consciência para apaziguar o ego ajudará e muito. O fogo é um elemento necessário para digestão, e podemos dizer que as emoções também precisam ser digeridas para que não criem indisposição consciencial.

Manter o fogo aceso faz a alma continuar viva. No manipura reside uma joia que deve ser lapidada. Esta é a metáfora: a consciência deve ser lapidada para que a alma se integre. As emoções devem ser compreendidas para que não incendeiem, simbolicamente, o corpo. Considero este o chakra da oportunidade, a grande oportunidade para você compreender o que vai além do ego.

As emoções ensinam
As emoções ensinam o caminho de ascensão ao chakra cardíaco. Quando o ego percebe que o fogo que aquece é o mesmo fogo que incinera, tudo muda. Quando a inteligência espiritual conquista o seu lugar, a consciência para de querer ter razão e decide encontrar a paz.

Desejo sinceramente que você encontre paz em sua jornada.
Que as energias poderosas da grande Luz interpenetrem os seus chakras.

Seja Feliz Hoje!

 

Paz e Luz

Diego Roque

Fontes e referências para estudo:
https://www.youtube.com/watch?v=o3iqVTZQdEw
https://amzn.to/4b31gLo
https://amzn.to/3ObpqK7

sábado, 28 de junho de 2025

CHAKRA DO CORAÇÃO, PORTAL PARA CURA ESPIRITUAL




Envolvido nesta Luz de compaixão, começo dizendo que os chakras são muito mais do que centros energéticos que conectam corpo sutil e corpo físico através das glândulas endócrinas. Os chakras são muito mais do que rodas luminosas que captam energia do meio ambiente para vitalizar o corpo físico e espiritual. Os chakras, na verdade, são portais espirituais que dão acesso a um oceano mágico de possibilidades — dentre elas, a expansão da consciência. Eles são detentores da sabedoria universal, e esta sabedoria se expressa através dos sentimentos. Os sentimentos são energias transcendentes, e a compaixão é a mais significativa quando falamos sobre o chakra cardíaco.

O Anahata Chakra é o centro energético do amor incondicional. Ele é responsável pela energização do sistema cardiorrespiratório, está localizado no centro do peito e é considerado o canal fluídico de movimentação dos sentimentos mais elevados. Em sânscrito, “Anahata” significa “o inviolável” ou “não afetado”, pois em essência ele é verdadeiramente incorruptível. O que somos, em essência, é pura Luz — e essa Luz reside na câmara secreta do coração. Esta câmara não é um esconderijo, mas sim um abrigo quentinho, confortável, com paredes douradas. É um lugar onde o intelecto frio e materialista não alcança. O desenvolvimento intelectual é importante, mas não significa desenvolvimento do coração, pois o mundo está repleto de intelectuais que nada sabem sobre as coisas do sentir. Para preencher o coração, é necessário sentimento. E para destrancar as portas do chakra cardíaco, é necessário, antes de tudo, abnegação e uma vontade sincera de fazer o bem sem olhar a quem.

O bem projetado para o mundo é reflexo do bem reconhecido dentro do coração. Falo sobre o amor-próprio e a importância de nutrir a autoestima. Um bom caminho para essa nutrição é seguir o que Jesus ensinou: “Amai ao próximo como a ti mesmo.” Só é possível fazer o bem sem olhar a quem quando reconhecemos o bem em nós. Fazer o bem é projetar Luz. Mas como projetar Luz de um coração apagado? Como espargir energia positiva de um coração magoado?

Oitenta por cento do corpo humano é composto por água — e a água simboliza emoção, sentimento, sensibilidade. Existem rios energéticos fluindo dentro de nós. As mágoas são as “más águas”: águas paradas. E sabemos que água parada apodrece, propaga doenças, causa infestações. O mesmo ocorre com emoções e sentimentos não canalizados ou expressos. Tudo aquilo que é reprimido apodrece por dentro, desvitalizando o corpo energético e, consequentemente, o corpo físico. Mágoa é água parada, e contamina energeticamente os rios que deságuam no chakra cardíaco. Por isso, antes de propagar amor ao mundo, é necessário semear o amor dentro de si, com boas doses diárias de sorriso.

O sorriso sincero e despretensioso de uma criança ilumina o coração de qualquer pessoa. Até o ser mais carrancudo e magoado não resiste ao bom sorriso de um miúdo. Por trás das cascas de um adulto triste e endurecido, reside uma criança que um dia sorriu e brincou. O sorriso é uma fonte preciosa de energia positiva, capaz de mudar a vibração celular, trazendo movimento às energias estagnadas. Um sorriso de contentamento pode curar mágoas cristalizadas. Imagine, então, sorrir com o coração?

Nos textos clássicos do Yoga, a palavra coração aparece vinculada a citta, que significa psiquismo. Citta possui três desdobramentos: a mente (com seus questionamentos), o ego (com as sensações de gosto e desgosto) e a inteligência, que é a função assertiva. No capítulo III, sutra 35, Patanjali revela: “No coração, conhecimento de citta.” Ou seja, ao meditar no chakra do coração, a pessoa é capaz de reconhecer a própria consciência. O coração é a morada da intuição.

Anahata: o Chakra da Intuição
Mas qual a diferença entre intuição e ilusão? A intuição incomoda. É o grito refulgente da alma quando o buscador adormece — por isso incomoda. Quando seguimos a intuição, tudo flui em perfeita harmonia. Já o pensamento cria ilusões e cenários catastróficos, afetando o corpo físico de várias formas. A mente pensa; a alma sente. O problema não é pensar — o problema é não pensar. Não pensar no próximo, no planeta, nas futuras gerações, nos conflitos que ameaçam a humanidade, em nossa natureza espiritual. Não pensar é não questionar. Mas a intuição não busca o questionamento por si só — ela integra pensamento e sentimento, sondando a alma com honra e coragem. Quanto mais tentamos controlar, mais sofremos. Quanto mais integramos, mais recebemos do coração energético: a cura espiritual.

Antigos Sábios
Na Índia antiga, há mais de quatro mil anos, existiram pessoas com capacidade supranormal chamada clarividência (clarus: claro; videre: ver). Elas podiam perceber o campo energético de outros seres e enxergar os chakras. A palavra chakra, do sânscrito, significa “roda”. Por observação, esses sábios mapearam o sistema energético humano, destacando sete centros conectados às glândulas endócrinas: os sete chakras.

Os Sete Chakras e as Glândulas Endócrinas

  • Pineal – Chakra Coronário: fé, expansão da consciência
  • Pituitária – Chakra Frontal: intelecto, clarividência, intuição
  • Tireoide – Chakra Laríngeo: expressão, comunicação
  • Timo – Chakra Cardíaco: amor, compaixão
  • Pâncreas – Chakra Umbilical: emoções, nutrição
  • Gônadas – Chakra Sexual: criatividade, geração da vida
  • Supra-renais – Chakra Raiz: sobrevivência, vida material

O chakra cardíaco é um portal físico e sutil. Sua esfera verdejante no centro do peito é uma roda de amor incondicional. Para quem atua com assistência espiritual, é essencial manter esse centro psíquico harmonizado.

Chakra da Ternura
O chakra cardíaco é o chakra da ternura — uma postura suave e acolhedora, essencial em terapias espirituais. Em minha prática como terapeuta bioenergético e mestre em Reiki, já testemunhei verdadeiros milagres realizados com ternura. A palavra vem do latim e significa “ser suave”. O coração harmônico é suave, aconchegante e acolhedor. Mas um coração ferido está cheio de espinhos — mágoas, traumas, dores, talentos esquecidos, sonhos tolhidos. Tocar um coração ferido sem ternura fere. É preciso presença, atenção e respeito ao tempo do coração. Ternura não é pena, é energia aplicada no olhar, no toque, na respiração, na escuta e na palavra. É energia suave de coração para coração.

O Processo de Cura Espiritual
Passa por três etapas:

  • Reconhecimento: iluminar o inconsciente e trazer à tona os aspectos esquecidos.
  • Acolhimento: dar colo, voz, apoio.
  • Ressignificação: enxergar de outra maneira, transformar dor em direção, sofrimento em força.
    Disse Fernando Pessoa:

"Sossega, coração! Não desesperes!...
...A grande, universal, solene pausa
Antes que tudo em tudo se transforme."

O Poder dos Mantras
Mantra:

  • Manas (mente) + Tra (instrumento) = ferramenta da mente.
    Mantras criam um estado de pacificação, porta para a meditação. Um dos mais poderosos mantras do chakra cardíaco é:
    “Om Mani Padme Hum” – “Salve a joia no lótus.”
  • Om: som cósmico
  • Mani: joia espiritual
  • Padme: lótus (chakra do coração)
  • Hum: vibração da compaixão do Todo
    Entoei esse mantra por anos antes de dormir. Curei mágoas profundas com ele. Hoje, uso como profilaxia espiritual.
    O bija mantra do chakra cardíaco é “Yam”. Você pode entoá-lo assim:
    “Yam, Yam, Yam...”

Sintomas de Bloqueio do Cardíaco
Fanatismo, raiva, falta de generosidade, apego, inveja, culpa, vitimismo, ciúme, desamor, depressão, entre outros. Este é o chakra mais afetado por emoções densas vindas do chakra umbilical. Quando a vida perde o sentido, o chakra cardíaco adoece. Quando buscamos sentido, o caminho é ir para dentro. Amor, amor, amor.

Prática de Autocura
Reserve cinco minutos diários.

  1. Sente-se confortavelmente.
  2. Coloque uma música suave (ou o mantra sugerido).
  3. Diante de um espelho, repita 21 vezes: “Amo-te”, olhando nos próprios olhos.
  4. Em seguida, feche os olhos e ouça o mantra.
    Faça por 21 dias seguidos. Amplie o amor-próprio, cure feridas, harmonize seu chakra cardíaco.

Aspectos Simbólicos do Yantra
Os símbolos são expressões da natureza humana no inconsciente coletivo.
Simbologia do chakra cardíaco:

  • Elemento: Ar
  • Sentido: Tato
  • Plano: Harmonia
  • Planeta: Vênus (sagrado feminino)
  • Arcano associado: A Força
  • Divindade: Ishana Rudra Shiva — mestre da sabedoria, pacífico, compassivo
  • Yantra: Doze pétalas da flor de lótus, dois triângulos equiláteros (um para cima – ar, outro para baixo – água), união do masculino e feminino.
  • Guardiã: Kakini — deusa do amor incondicional, curadora emocional, símbolo da fluidez interior e proteção espiritual.

Características de Comportamento
A melhor expressão da personalidade se dá no chakra cardíaco. Nele estão virtudes herdadas de outras vidas. Quem vive pelo coração supera os instintos básicos e as vaidades do ego. Fazer com o coração é fazer com alma, intuição e entrega. Intuição é a voz do chakra cardíaco.

Uma Onda de Amor
No outono de 2016, durante uma meditação na Mata Atlântica, vivenciei uma retrocognição: fui uma menina nativa na Amazônia. Recordei aromas, cores, a liberdade. O chakra cardíaco se expandiu. Girava com os braços abertos, dissolvido na natureza. Perdi a noção do tempo, não sabia mais quem era — apenas sentia a alegria de ser parte daquele paraíso. Voltei ao corpo com um solavanco. Chorei. Depois compreendi: a vida é cíclica. Criação, preservação e transformação. Assim evolui a consciência. Despertar os chakras é parte desta tarefa.

 

Que o Som Cósmico Universal inunde seu coração de amor. Que Ganesha abra seus caminhos, que Exú proteja e Jesus envolva seu coração em Luz. Respeite a natureza, abrace uma árvore, expanda sua consciência e seja feliz hoje.

Gratidão
Paz e Luz
Diego Roque

 

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📚 Sites consultados e recomendados:

 


segunda-feira, 23 de junho de 2025

Escute o Chamado de sua Alma e Realize

 



Ganesha, o Senhor dos Inícios e o Removedor de Obstáculos, ensina que: você é capaz de fazer tudo acontecer em sua vida. A força necessária está dentro de você. 

Pense em Ganesha!


Sua energia pessoal é muito poderosa, e seu magnetismo pode ir além do que você imagina. Confie mais em seus potenciais e reviva os sonhos antigos. O pensamento é o primeiro passo para materializar os seus anseios, e Ganesha ajuda removendo os obstáculos do caminho, mas caminhar e construir é a sua responsabilidade maior.

Assim como Ganesha nos inspira a remover os bloqueios internos e externos, também ensina a não deixarmos a vida para depois. Honre esse presente da grande Luz, escute o chamado da alma e faça a vida vibrar na frequência da felicidade. Saia da ilusão da mente. Não espere pelo momento ideal — o ideal será sempre ideal. Foque no que é real.


Ganesha é real! Ganesha é realização!

REAL_iz_AÇÃO.


Realização é: ação do alto astral em sua vida. Pensamento fraco, realidade sofrida. Pensamento forte, realidade próspera! Com pensamento forte, você vive todos os desafios com honra, consciência e sem vitimismo. Portanto, pare de ter pena de si mesmo e aprenda a sentir gratidão. As coisas aconteceram da maneira necessária para sua evolução. Tenha coragem de seguir, sorria mais e se leve menos a sério. Apenas continue...


O baixo astral toma conta quando deixamos de lado os nossos sonhos e passamos a viver os sonhos dos outros. Realize os seus sonhos, vibre no alto astral. Ganesha se aproxima quando você volta a sorrir. Lembre-se: sonho sem realização é ilusão.


Escute o chamado de Ganesha e utilize o poder de sua mente para realizar.


Paz e Luz.

Diego Roque


Obs.: Não sei nada sobre previsões, mas sei que, fazendo um pouco todos os dias, é previsível que você chegará ao lugar onde um dia foi apenas sonho.

domingo, 22 de junho de 2025

VIDA ALÉM DA VIDA O que acontece depois da morte?

 

Apenas existe a vida. O espírito sempre vive. A alma nunca morre. Como disse Krishna a Arjuna:

“O espírito não nasce nem morre, apenas entra e sai de corpos perecíveis.”

E de fato, o que é real jamais deixa de existir. Por isso, o espírito vive: ora no corpo astral, ora no corpo físico. Embora momentaneamente adormecido — entorpecido pelos desafios da matéria, perdido nos sonhos da existência — o espírito que habita o corpo físico jamais morre.

Vivemos constantemente experiências cíclicas, que, pela lei da natureza, devem ter começo, meio e fim. Sofremos porque nos apegamos ao que é efêmero e nos desconectamos do que é eterno: o espírito.

A árvore não sofre ao perder suas folhas, nem se entristece quando os frutos amadurecem. Cada folha, flor, fruto, semente, cada molécula do ar que respiramos — tudo é parte dela vivendo em outros lugares. A árvore nunca morre. Cada porção, da raiz à copa, é uma extensão do seu espírito. A folha que seca e cai, retorna ao solo e volta a ser árvore. O fruto que alimenta, dá continuidade à vida.

Na dança mágica da vida sem fim, morte e nascimento são apenas ilusões passageiras.

O luto faz parte da experiência humana. É uma etapa do ciclo. O despertar da consciência para a vida eterna é um portal. Luto é a consciência da dor; sofrimento é a inconsciência de que a alma vive eternamente.

A morte é uma passagem física — assim como a vida. Mas aprendemos, desde cedo, a temer a morte e, com isso, passamos a temer também a vida. Pior ainda: nos matamos de trabalhar por coisas que minam o gosto de viver — e que não levaremos conosco — perdendo o mais importante: a presença.

Por ganância, repetição de padrões ou indução social, nos afastamos das pessoas que mais amamos. Justificamos isso com o argumento de que estamos cuidando para que nada lhes falte. Mas, na verdade, essa atitude revela a incompreensão de que um dia todos nós partiremos — e o que antes era gratuito, como a presença, agora se torna caro, porque o tempo levou.

A vida é eterna. Mas após a morte, não há garantias de reencontro com alguém específico. Por isso, o tempo de viver é agora. Ainda que nada seja certo, é seguro dizer que semelhante atrai semelhante.

É natural que o luto traga culpa: por não ter aproveitado a presença do ente querido, por não ter dito o que se queria dizer, por não ter vivido os momentos possíveis. Se você está passando por isso: perdoe-se. Perdoe. Ame. O melhor a fazer é viver — e voltar a sorrir.

Com toda certeza, aquele que você ama — e que agora vive no plano astral — ficará muito mais feliz ao ver você sorrindo do que sofrendo. Então, faça um esforço: não se culpe por voltar a sorrir.

Temos medo de morrer, de espíritos, de perder, de sentir dor, de partir, de chegar — medo até de ter medo. E com isso, a alma se paralisa e a vida perde o tempero. Se estiver com medo de viver: coragem.

O despertar espiritual pede a morte da antiga versão — ultrapassada, mofada, cheia de valores e crenças limitantes. E é preciso coragem para não adormecer a consciência. É preciso coragem para manter-se desperto.

Sim, há vida além da morte — e isso acontece o tempo todo. Sua versão de ontem já não existe mais. Cerca de 50 bilhões de células morrem diariamente em um adulto. O despertar espiritual é justamente isso: a morte que permite o renascimento da alma que ansiava ressurgir.

Antes de reencarnar, já estávamos vivos no plano astral — cheios de sonhos, projetos e missões. Então, vamos viver os nossos sonhos. Vivamos a vida. No melhor tempo que existe: o agora.

Paz, luz e presença.
Diego Roque – 21/06/2025

 


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